Menos não é mais se chega a tão pouco que não dá para dar uma para a caixa.
Menos não é mais se veio a decrescer involuntariamente e não se sabe que substância administrar para fertilizar e reflorescer, se possível. Estrume não deve ser, isto não é terra e a terra é abundante de mais e de menos.
Menos não é mais quando sai tudo por não sei onde e estavas prestes a veicular um bocadinho que fosse, que viesse, para aqui.
Menos é mesmo menos, não sei bem quanto porque estou menos qualquer coisa (adjectivo) e mais não sei o quê. Assim sendo e neste caso, em vez da atribuição do mais ao menos, sem cedências à tentação do vice-versa mas pensando nisso para uma próxima edição da magazine, neste caso e assim sendo, o melhorzito de se enunciar, e também porque não se faz frases declarativas assim por dá cá aquela palha, ainda é «menos e mais», sem acento, que o acento foi da escrita automática, inteligente só se estiver ao serviço das forças da outra barricada do intuito de trocar as voltagens.
A adjectivação tem sempre muita força, por isso sai, mas não tem de ser. É como uma moleza esguichosa que se podia ter evitado mas que no momento não se pôde conter e lá sai, não deu para evitar fazer logo ali, aqui, então lá sai aquilo do menos é mais e quem preferiu a conjunção enquanto rectificação vai ser acusado de ocupar dois lugares, de trazer a amiga, lá vem o Roque e a amiga e isso, como são dois, como é mais que um, dá mais trabalho no que concerne à converseta sobre. Lá vamos ter de acrescentar coisas àquilos, processo a fingir de onanista mas muito «is there anybody out there?», adjectivando. E como não vem atribuição/adjectivação já preparada de casa é o unknown que fica diante e paralisa-se. E agora? O que é isto agora? Menos e mais? Logo dois para revestir, só faltava mais esta.
Menos não é mais quando tem de ser arrancado a ferros. O que está a mais são os ferros e o menos permanece pequeno relativamente à possibilidade de mais. Quem dera ao puxador do menos que fosse mais, o menos; não há alicate que facilmente o tire do buraco. Uma vez arrancado, que coisa, que estéril, que fazer com isto? Vender por 8 cêntimos e sentir um certo alívio por tê-lo sacado. Missão cumprida na luta pelo menos, sem mais nem menos e pouco o quanto baste, missão cumprida a da sopração, de soprar, bem entendido, sopração do menos num balão sem dar para rebentá-lo porque não é mais que menos.
Menos não dá para mais, mas mais o quê? Mais de quê? É mais do quantitatário ou é de colidade? «Vá lá», não sei quantas, «menos», expressão que com um pontapé na cabeça ia ao sítio, do picapau amarelo, buscar mais lenha para se queimar mais e mais, até as cinzas a transformarem em menos volumosa quanto ao som saído cá para fora.
Less is more só se for para inglês ver, Lassie's Moore só não vê quem não quer e tem legenda.