Posto de fronteira
No espaço expositivo do BAL – um projecto da Associação dos Amigos da Magnum presidida por Raymond Depardon –, em Paris, é apresentada «Empire», uma exposição do fotógrafo francês Samuel Gratacap sobre os fenómenos migratórios da África subsariana.
Desde 2007, Samuel Gratacap leva a cabo uma reflexão sobre a representação das questões geopolíticas norte-sul, sul-sul e áreas de transição no mapa das rotas de migração no Mediterrâneo. O seu trabalho é baseado na imagem fotográfica e filmada. Até agora concretizou vários projectos em zonas de trânsito, especialmente no centro de detenção administrativa de Canet (Marselha, 2007-2008), na ilha de Lampedusa (2010), e viveu dois anos entre a França e a Tunísia.
Nos seus projectos, interessa-se pelas histórias e percursos daqueles que largam tudo para procurar outro lugar para viver. Em 2013 foi vencedor do prémio Prix SFR-Le Bal de la Jeune Création Photographique pelo seu projecto no campo de refugiados de Choucha. Acerca do seu projecto o autor refere: «Situado na Tunísia, a 7 km do posto de fronteira com a Líbia, o campo de Choucha tornou-se um ponto de trânsito para centenas de milhares de refugiados de origem subsariana que fugiram da guerra na Líbia. Desde 2011, data do início do acampamento no deserto tunisino, eu segui a vida dos refugiados. O meu trabalho fotográfico e de vídeo reflecte o espaço-tempo deste lugar de vida marcado pela espera.»
É deste trabalho que se apresenta um conjunto de fotografias, no BAL, em Paris, de 11 de Setembro a 4 de Outubro. MM